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sobre o livro

Esta edição reúne a poesia da maranhense Maria Firmina dos Reis (1825-1917), autora de Úrsula (1859), um dos primeiros romances brasileiros de autoria feminina e negra. Além de Cantos à beira-mar (1871), único livro de poemas editado em vida pela autora, o volume apresenta também 34 poemas publicados esparsamente na imprensa do Maranhão e um poema encontrado no seu diário.

Com textos estabelecidos a partir das publicações originais, Cantos à beira-mar e outros poemas é uma cuidadosa edição dos versos de Maria Firmina, organizada por Luciana Martins Diogo, editora da revista Firminas: pensamento, estética e escrita e pesquisadora dedicada a estudar o acervo da poeta maranhense e divulgá-lo no site Memorial de Maria Firmina dos Reis.

Mais de um século depois de sua morte, num momento de intensa e justíssima recuperação de autoras e autores “esquecidos” pela historiografia oficial, conhecer a voz poética de Maria Firmina dos Reis é fundamental para redefinir o que chamamos de “literatura brasileira”, conferindo o merecido lugar de destaque a essa poeta romântica e precursora do abolicionismo, engajada nas lutas de seu tempo e empenhada a escrever e publicar num ambiente totalmente adverso às mulheres e aos negros.

Na poesia, o leitor reconhecerá, sob a potência própria dos versos, o olhar singular da grande romancista para as chagas de sua época. Ao voltar à prosa, saberá que foi nas batalhas da poesia que se forjou essa voz incontornável das nossas letras.

Título
Cantos à beira-mar e outros poemas
Páginas
280
Formato
13,5 x 20 cm
Organização
Luciana Martins Diogo
Posfácio
Juliano Carrupt do Nascimento
ISBN
978-65-84574-62-5
ISBN Digital
978-65-84574-73-1
Data da publicação
10/03/2024

DESTAQUE

Uma tarde no Cumã

[…]

E sobre a branca areia — mansamente
A onda enfraquecida exausta morre;
Além, na linha azul dos horizontes,
Ligeirinho baixel nas águas corre.

Quanta doce poesia, que me inspira
O mago encanto destas praias nuas!
Esta brisa, que afaga os meus cabelos,
Semelha o acento dessas fases tuas.

Aqui se ameigam de meu peito as dores
Menos ardente me goteja o pranto;
Aqui, na lira maviosa e doce
Minha alma trina melodioso canto.
[…]

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