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sobre o livro

Seja em cidades vazias, seja nas profundezas do oceano ou à hora crepuscular em um apartamento, a roda narrativa destes minicontos passa da terceira à primeira pessoa enquanto as formas dos enredos se avolumam. Os personagens — um homem, você e eu — são sujeitos de outros tempos, desde o passado longínquo ao futuro incerto. As histórias estão repletas de tentáculos e novelos que se desenrolam ao infinito, tentando capturar a frequência limítrofe entre a realidade e o sonho. Formas feitas no escuro é um livro quase táctil, que desafia o leitor a flutuar, mergulhar ou voar por mitologias e sabedorias ancestrais. Mas também trata do cotidiano presente, do tédio que invade um quarto, do tempo que corre quando procrastinamos uma tarefa simples.

Nele, Leda Cartum propõe uma poética cheia de texturas — da terra úmida, das cascas de folhas secas, da madeira do chão de taco —, num trabalho exíguo com imagens que de outro modo não se fixariam, e seriam sombras opacas perdidas no longo caminho da visão à fala, da ideia à escrita. É impossível descrever os contos sem enumerar as feras, os gatos noturnos, os detalhes, a elasticidade do tempo, a escuridão vibrante da natureza. Isso porque de modo lúdico, Cartum propõe que se preste atenção aos segredos do móvel mais estático no canto de um cômodo qualquer.

Entre a fábula, a crônica e a poesia, Formas feitas no escuro transita entre gêneros e surpreende por sua leveza, clareza e despretensão. Mas, como afirma Angélica Freitas na orelha que assina para o livro, “talvez essa questão do gênero (é poesia? É prosa?) nem nos interesse. Importa aqui o trabalho da imaginação, o trânsito do escuro para o claro, e vice-versa”.

Título
Formas Feitas no Escuro
Capa
CRISTINA GU E GABRIELA SACCHETTO
páginas
88
Formato
13,5 x 20 cm
ISBN
9786584568396
ISBN Digital
9786584568143
Data da publicação
19/04/2023

Destaques

“Já nas primeiras páginas, me perguntei se poderíamos considerar estes textos breves como relatos de sonhos. Sonhos não seriam formas feitas na escuridão do sono? […] Perguntei-me se não poderíamos considerá-los, afinal, pequenos poemas em prosa. Pensei em Baudelaire, que buscava outra maneira de escrever, deixando de lado a fôrma dos versos. Mas talvez essa questão do gênero (é poesia? É prosa?) nem nos interesse. Importa aqui o trabalho da imaginação, o trânsito do escuro para o claro, e vice-versa.” — Angélica Freitas

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