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sobre o livro
Entre 1988 e 1998, Jean-Luc Godard escreveu e montou o monumental História(s) do cinema, trabalho que resultou num filme de oito episódios e neste longo poema-ensaio.
Nele, o autor se firma como grande pensador do cinema, ao fazer coincidir a história do século e a sua história como artista. Manuseando um grande arquivo em que se chocam citações de livros, filmes, pinturas, Godard compõe um panorama pessoal, sob a forma de poema, que coloca o dedo em algumas feridas do século XX. Na orelha do livro, Katia Maciel afirma que Godard filma com a máquina de escrever “a genealogia do cinema depois da pintura, do plano americano ao close, dos irmãos Lumière a Hitchcock, da nouvelle vague e neorrealismo ao cinema hollywoodiano. A guerra. O horror. O amor. A loucura. A história do cinema como imagem da história.” Em tradução do premiado tradutor Zéfere, História(s) do cinema apresenta, pela primeira vez em língua portuguesa, aquela que é considerada uma das maiores criações de Godard, espécie de súmula do conjunto da obra do autor. A edição conta ainda com um posfácio de Joana Matos Frias. www.circulodepoemas.com.brTítulo
História(s) do cinema
Autor
Coedição
Luna Parque
Capa
Alles Blau
páginas
192
Tradução de
Zéfere
Posfácio
Joana Matos Frias
ISBN
9786584574038
ISBN
Digital
9786584574267
Data da publicação
01/05/2022
Trecho
os poetas
entre os mortais são aqueles que
cantando com gravidade
sentem o rastro dos deuses que se foram
seguem esse rastro
e assim traçam para os mortais
seus irmãos
o caminho da reviravolta
mas quem
entre os mortais
seria capaz de reconhecer
tal rastro
é próprio dos rastros
não ficarem aparentes
e eles são sempre
legados como uma convocação
que mal se pressente
ser poeta
em tempos
de aflição
é portanto
enquanto canta
ficar atento
ao rastro
dos deuses que se foram
eis por que
em tempos de escuridão no mundo
o poeta fala o sagrado