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sobre o livro
Nos anos 1990, César Aira explicou a origem de O vestido rosa, considerado por muitos um de seus melhores livros: “eu queria escrever um conto, coisa que nunca pude fazer. [...] O que fiz então foi tomar um conto de que gosto muito: ‘O recado do morro’, de Guimarães Rosa. O que há ali é uma mensagem que se vai transmitindo, eu a materializei no vestidinho, mas é apenas um exercício”.
O resultado dessa mera experiência é uma magnífica narrativa de erros e travessias em que o bobo do povoado é o sábio e vice-versa. Com ela, o escritor argentino cria uma ponte entre os pampas de seu país e os gerais roseanos, abrindo caminho para o cruzamento de duas tradições fundantes da literatura latino-americana. Quatro décadas depois de sua primeira publicação, o recado dos pampas chega até nós com uma nova tradução de O vestido rosa, declaração de amor de Aira pela literatura brasileira.
A edição conta ainda com um posfácio do argentino Gonzalo Aguilar, especialista em literatura brasileira, em que ele analisa a relação do livro com o conto de Guimarães Rosa.
DESTAQUES
“Uma vez que você começa a ler Aira, você não quer mais parar.”
— Roberto Bolaño
“Aira rompe os limites do realismo ao forçar o mundo a viver de acordo com as regras de sua imaginação.”
— New York Sun
“O que podemos esperar de uma obra de César Aira? Praticamente tudo: um artefato engenhoso e imprevisível, uma miniatura literária que renova, uma e outra vez, a literatura.”
— Juan Pablo Villalobos
“É preciso viajar para o sul da Argentina para encontrar o autor de língua espanhola mais original, mais chocante, mais emocionante e subversivo de nosso tempo: César Aira.”
— El País
“Proust acreditava que a descoberta dos mistérios da infância e da memória poderia explicar o inexplicável. Aira vai na direção oposta. Ao recriar a experiência inexplicável, ele parece querer mostrar que a literatura não se tornou apenas um mundo estéril e fantasmagórico, como afirmam alguns críticos, mas ainda está cheia de possibilidades. Somente o gênio pode criar o óbvio, e Aira — esse escritor idiossincrático sem precedentes — criou uma verdadeira obra-prima de nosso tempo.”
— Boston Review
“César Aira é uma das vozes mais inclassificáveis que escrevem em espanhol hoje. Inclassificável por sua originalidade, seu brilhantismo, sua sabedoria e dom narrativo infusionados com uma mistura incomum de humor, imagens marcantes e reflexões afiadas.”
— Ignacio Echevarría